sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O que diabos é a Sonora Madeira?




Há cerca de dois anos, a dupla Eduardo Vieira e Karla Linck (Kaíca) vem desenvolvendo um trabalho de pesquisa e criação. Numa ebulição sistemática e constante surge a Sonora Madeira, simultaneamente um laboratório musical e literário direcionado principalmente à produção autoral.

Configurando-se como um interstício promíscuo da palavra em prosa, verso e canto, a Sonora Madeira se abre ao diálogo e se faz permeável a um amplo espectro da produção cultural. O passo seguinte naturalmente se insinuou como a divulgação e exposição desse laboratório de pesquisa em sua forma final, a saber, a composição autoral.

Personificada na dupla, a Sonora Madeira se torna uma espécie de instituição informal onde circulam músicos e escritores tanto na sua patente influência, tanto quanto em presença viva. Por esse espaço virtual passaram Cartola, Noel Rosa, Pixinguinha, Billie Holiday, Lamartine Babo, Chet Baker, Machado de Assis, Clarice Lispector, Vinicius de Moraes, Baden Powell, Rafael Rabelo Radamés Gnattali, Julio Cortázar, Ítalo Calvino e reticências a perder de vista. Também artistas de corpo presente como a cavaquinista Ladjane Sara, o guitarrista Diógenes Baptistella, os bateristas Márcio Albuquerque e Marcos Monte, os bandolinistas Mauro e Rafael, os percussionistas Eduardo Buarque, Tadeu, Zé Paulo, o maestro Zé Gomes,o clarinetista Vlaudemir, os compositores Rui Ribeiro e Selma do Samba, o Grupo Arabiando e tantos outros já marcaram presença significativa no espaço da Sonora Madeira.


Em torno do núcleo-gravitacional da dupla, orbitam músicos de diversos gêneros, enriquecendo e aprimorando o que se institui como a Sonora Madeira. Mas enfim, do que se trata a Sonora Madeira? É o resumo e o resultado de tudo isso. A Sonora Madeira são ensaios, leituras, composições e amizades. É uma forma de encontro.

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